Se você fez de tudo para ajudar quem já lhe ajudou. Se você, na medida de suas possibilidades, retribuiu o amor na mesma intensidade ou mais, tentou impedir erros, mostrar o caminho da libertação para seu pai, seu amigo, seu amor, ou a um irmão, e usou de toda a sua empatia para a felicidade de seus entes mais queridos, e seus esforços foram em vão. Não. Não se culpe por isso. Liberte-se dessa sensação cruel.
Certa vez um certo mestre me alertou: “ - moça, o despertar de cada pessoa é algo muito individual. Não faça como a mulher de Ló, que em vez de aceitar o despertar, preferiu permanecer no sono da ignorância e virou estátua de sal. Siga o exemplo do marido dela, que mesmo triste, sabiamente seguiu o seu caminho. De tanto puxar do buraco as pessoas que fizeram escolhas erradas, uma hora você também pode acabar caindo. E ninguém ouvirá seus gritos de socorro.
Muitas vezes, desistir de ajudar alguém que não se ajuda, não significa desistir do outro, mas libertá-lo. Falta muita empatia no mundo, mas alguns seres humanos se prendem ao arquétipo do “salvador” ou da “salvadora”. Se perdendo da missão que vieram cumprir no mundo.
Quando um ser humano em profundo desequilíbrio, decide tirar a própria vida, se atirando do décimo quinto andar de um prédio, nem os anjos descem à Terra para impedir a queda. Por quê? Porque todos têm livre arbítrio. E possuem poder de decisão sobre suas vidas.
Se o que você fez foi realmente de coração, a culpa do fracasso do outro não é sua. Não queira ser perfeito. Se estiver sem paciência, perdoe-se por isso. É como disse Clarice Lispector: “Até cortar os defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta o nosso edifício inteiro".
Liberte-se. Seja humano. E Lembre-se que sua principal missão é ter empatia por suas dores.
Seja feliz. E segue em frente ao encontro da sua tribo.
Jaqueline Machado.
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