Às vezes, a calma escapa. E se refugia em imensos desertos... Precisa calar, pensar...Voltar ao seu ponto de origem, serenar...
Sabe que tudo passa. E logo retorna mansa pelas janelas da alma do corpo. E debruçada nessas janelas, sorri ao ver o florescer das flores da primavera, sempre cheias de alegria. Entende que no fundo tudo é devaneio, ilusão. E que quanto a isso não adianta contestar. Melhor aceitar e escolher a ilusão mais doce que encontrar. Assim, o sofrimento não terá sido em vão. E se pode voltar a viver de poesia.
A calma sou eu em posse de minhas emoções. Mas as vezes, ela, que também sou eu, precisa de fuga, ficar longe de gente, buscar pela companhia dos anjos, escrever versos sob a luz da lua, nua, sincera e clara... a lua sabe me acolher do jeito certo e me convencer a retornar para o mundo do convívio. Sem temer os riscos de ser eternamente traída... pelos meus próprios sentimentos...
Jaqueline Machado.
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