Danúbia Cremonese | O Amor não fica na desordem
- Da Redação
- há 2 dias
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A palavra “ordem” está estampada na bandeira do nosso país, como um lembrete do que deve prevalecer em todas as áreas, seja nos Estados, municípios, instituições, empresas, famílias e no agir de cada indivíduo.
É também uma das 3 leis sistêmicas do amor, ordem, euilibrio e pertencimento. A ordem ou hierarquia fala algo que pode curar vidas, dita o lugar de cada um no mundo e nas relações. A ordem que nascemos por exemplo, diz muito sobre nós em relação aos irmãos, já em relação aos pais a ordem é ocupar o lugar de quem chegou depois, de pequenos. Ditar as regras ou comandar a vida de um pai ou mãe é se colocar fora de lugar nessa ordem e estabelecer uma relação de arrogância, é desordenar a própria vida e gerar conflitos nessa relação. A forma como vamos em direção aos pais, independente do contexto de cada sistema, também é como vamos em direção ao mundo. Depois de nascer esse é o próximo movimento de êxito na vida de cada indivíduo mas é também onde reside as maiores dores emocionais, que impedem que o amor flua com leveza e harmonia como reflexo em todas as demais relações.

A projeção dessa dor começa a se destacar nas relações entre homem e mulher ou para com os próprios filhos através de jogos relacionais, vícios e violência, pois pessoas feridas são mais reativas e ferem outras pessoas. Na desordem o amor não fica, não encontra espaço para se manifestar, passa a ser carregado de cobrança, peso, competição e dor. Muito disso temos observado em nossa sociedade a partir da violência contra a mulher ou crianças. Só no último feriado foi registrado 10 mortes, sem contabilizar as agressões. Efeito de homens meninos, com masculino ferido, projetando no outro aquilo que não conseguem curar em si mesmos. Desordem no sistema de origem, no sistema atual somada a muitas ferias emocionais acumuladas ou até mesmo patologias não diagnosticadas.
Mas a cura existe, e ela começa pela ordem, para aqueles que se permitem se reconciliar com o seu passado, primeiro capítulo da sua existência e decidem ocupar agora o lugar de adultos, que fazem, não o que querem mas o que precisa ser feito. Conforme Bert Hellinger, pai das Constelações Familiares, “no centro sentimos leveza” é um lugar interno leve para viver, servir e passar a vida adiante seja através dos filhos ou do nosso trabalho. É o caminho que todos encontram o “ter”, consequência daquilo que cada um se torna nessa jornada, equilibrado com tudo aquilo que é e faz.
Danúbia Cremonese
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