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Foto do escritorDa Redação

Cachoeirense Suzana Weirich pensa em novos projetos após sucesso do seu 1º livro "Ecoa, África"


Nascida em maio de 1977, a funcionária pública cachoeirense Suzana Weirich, graduada em Geografia pela Unipampa e Membro fundadora do Clube Literário de Cachoeira do Sul (CLICA), está colhendo os frutos de seu primeiro livro "Ecoa, África", lançado oficialmente no dia 29 de novembro na Casa de Cultura.


Ela conta que sempre teve gostou de escrever, mas demorou a despertar, de fato, o interesse pela poesia. Até que o poeta e escritor cachoeirense Tiago Vargas, lhe incentivou por notar que Suzana possuía vocação para a poesia. "Então eu comecei a escrever e enviar para que ele publicasse. Então começaram a surgir ideias em minha mente e comecei a produzir poesias, especialmente na temática da "negritude". Passei a fazer uma atrás da outra no inverno de 2024 e até final de outubro havia confeccionado todo o meu primeiro livro: "Ecoa, África". Foi muito rápido!", conta.

Concomitante, Suzana foi convidada e participou com duas poesias da Coletânea "Poetas do Vale". Então foi aí que descobriu a editora paulista Delicatta para produzi o livro. Tiago foi responsável pelo prefácio e a professora de letras, Mônica Gomes Vico foi a responsável pela revisão e a orelha.


O livro "Ecoa, África" conta com 80 páginas e foi feita uma tiragem de 150 exemplares e todos já comercializados, onde os leitores das mais distintas raças puderam se identificar com alguma poesia. "As poesias são um resgate da minha origem, de minha identidade, valorizando a minha raça e indo de encontro à minha ancestralidade e negritude. É como se fosse um grito de libertação pra mim. Quem compra também me relata que encontra essa mesma essência, um resgate de identificação", conta.


A escritora conta que uma das pessoas "A Cura", na página 22, é baseada em um episódio verdadeiro de racismo que sofreu na escola que estudava aos 9 anos de idade, quando foi impedida de dançar em um grupo de danças tradicionalistas. "A escola era periférica, a maioria negra e uma professora branca me impede de dançar e isso me marcou profundamente. Passei a odiar música gaúcha e as vestimentas a partir daquele momento. Então fiz essa poesia como forma de libertação. Atualmente posso falar normalmente sem sentir o sufoco que eu sentia sobre esse assunto. Tive uma fase de não-aceitação, em que eu tentava me encaixar na sociedade mudando meu cabelo, visual e personalidade, para se moldar conforme a aceitação da sociedade e perdendo a verdadeira identidade. Hoje posso afirmar que renasci e estou muito feliz por esse resultado. Foi uma grande evolução que tive para que eu pudesse passar essa experiência", enfatiza.


Ela conta que no lançamento do livro teve a oportunidade de retornar à escola, conversar com os alunos e contar a história mais detalhadamente, onde posteriormente os estudantes produziram um vídeo em homenagem. "Fui de encontro a esse preconceito que sofri na infância, voltei ao local onde sofri, fui na raiz do problema e consegui me libertar. Fui bem recebida, uma homenagem linda, com apresentações artísticas", pontua.


SAIBA MAIS

Entre março e maio mais exemplares devem chegar mais exemplares. A obra já encontra-se nas mãos de leitores catarinenses, paulistas, mineiros e brasilienses. Os interessados podem adquiri-los no valor de R$ 35,00. Segundo Suzana, já tem cerca de 50 pessoas na fila de esperar para adquirir. Interessados devem fazer a reserva através do contato (51) 9 8442-7352 (WhatsApp). O livro não está disponível em nenhuma plataforma, nem em livrarias.


NOVOS PLANOS

Suzana afirma se sentir preparada para produzir o seu segundo livro de poesias e que pretende lançá-lo na 40ª Feira do Livro de Cachoeira que deve ocorrer no segundo semestre deste ano. Ainda não possui título definido.

Imagem: Divulgação.

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