No início deste ano, o estado de Minas Gerais promulgou a Lei 25.165 que proíbe a entrada e a procriação das raças Pit Bull, Rottweiler, Dobermann, Fila Brasileiro e outras semelhantes no estado.
Não é de hoje que essas raças sofrem esse tipo de sanção, pois parece ser muito mais fácil proibir do que fiscalizar, punir quando necessário e orientar. Todo e qualquer cão pode se tornar agressivo dependendo do tratamento que recebe, isso não é novidade para ninguém, mas, infelizmente, ao invés de punir com veemência essas pessoas, parece ser mais fácil punir os animais.
Dessa lista o que mais me impressionou foi colocarem junto o fila brasileiro. Ora, só quem já teve um sabe que eles só têm tamanho. Muitos anos atrás eu tive um: o Zeus, um baita cão que nem latir latia, um cão incrivelmente calmo, que adorava tomar banho, nunca sequer rosnou na vida, um anjo em forma de cão.
Sigo vários perfis de animais no meu Instagram, tanto gatos quanto cães e alguns deles são Pit Bull, como o famoso Will e o Theodoro, que são uns fofos e só comprovam que, com amor, eles são tão dóceis quanto qualquer outro cão.
O Will inclusive convive com dois gatos e quase apanha deles, o que chega a ser engraçado: ver um cão de uma raça tão discriminada ter medo de gatos.
Uma pesquisa feita pela revista científica Applied Animal Behavior Science – Ciência Aplicada do Comportamento Animal foi aplicada em 6 mil donos de 30 raças diferente e, pasmem: o cão mais feroz identificado na pesquisa é a raça Dachshund, mais conhecido como salsichas. Um em 12 salsichas já atacou o próprio dono segundo a pesquisa. Os Pitt Bulls e Rottweillers ficaram na média de agressividade canina ou até abaixo no que diz respeito a ataques contra estranhos.
Isso só comprova o que nós protetores vivenciamos ao longo de tantos anos de voluntariado: o problema não está no cão; o problema é o ser humano e a forma como cria os animais. Enquanto não tivermos um olhar sensível para esses animais, atitudes exacerbadas como essa de Minas Gerais acontecerão.
Adriana Palladino.
Você nunca pensou em fazer, ou escrever algo realmente útil para a sociedade? Pelo seu texto parece que alguém é obrigado a possuir, e confinar cachorro, unicamente para causar problemas às pessoas, e danos ambientais. Quem sabe você se dedica a limpar as merdas de cachorros nas vias públicas, que infectam as pessoas, e pior ainda os desafortunados cegos? Você já viu uma criança mutilada por cachorro? Você já sentiu o desespero duma pessoa, que teve um filho assassinado por cachorro? Na verdade pelo dono do cachorro? Quantas destas vítimas você visitou, para levar conforto, e escrever sobre a dor delas? Assim como escreve para defender a sua tara por cachorro? Onde você descarta as merdas dos seus cachorros? Na…