Esses dias eu fiz um desabafo nas minhas redes sociais, na verdade uma confissão: confesso que a paciência é uma virtude que eu não possuo e, com isso, o trânsito é uma das coisas que mais me irrita.
Tem algumas coisas que eu tenho muita dificuldade de entender, sinceramente, por exemplo: o mais óbvio e básico de tudo: a seta!!!! Qual é a dificuldade de ligar a seta??? Gente, a seta é o básico do básico no trânsito. A falta de sinalização correta pode provocar acidentes inclusive; portanto é essencial e óbvio usar! Mas para que facilitar se podem dificultar, não é?
Outra coisa que não consigo entender: por que as pessoas não são gentis no trânsito? Dar a preferência aqui é raríssimo. Não faz muito tempo eu estava tentando sair do estacionamento do Tischler da Avenida Brasil, próximo das 5 esquinas. Sem exagero, fiquei quase 5 minutos esperando uma alma caridosa permitir que eu acessasse a faixa e essa pessoa veio através de uma das pessoas que mais admiro nessa cidade: o Sr. Antônio Trevisan.
Ele não sabia que era eu, pois os vidros do carro são escuros, mas eu vi que era ele e, ao chegar em casa, eu o agradeci pela gentileza. No caminho da minha casa, indo para o bairro Ponche Verde, na Alarico, perto do cemitério, tem uma entrada que muitas vezes forma uma fila enorme de carros tentando virar para acessar uma das ruas e eu sempre reduzo a velocidade e deixo os carros passarem. Por muitas vezes tenho que piscar os faróis várias vezes e mostrar que estou dando passagem e isso prova a dificuldade que é alguém fazer uma gentileza; as pessoas não estão acostumadas com isso.
Outra coisa que tenho dificuldade de entender é como algumas pessoas andam a 20km por hora na pista da esquerda na Júlio. Como aprendemos na autoescola, a pista da direita é a de baixa velocidade. Não digo que vamos andar a 100km na Júlio, mas pelo amor de Deus né? O trânsito tem que fluir.
E o que dizer da rotatória? Já perdi as contas de quantas vezes eu já estava no meio dela e algum carro entra na frente, assim do nada, como se só existisse ele na rua.
Por fim, os estacionamentos, eles são um show à parte: é corriqueiro ver os carros estacionados de qualquer maneira e ocupando 2 vagas, sem o menor pudor ou constrangimento, simplesmente largam assim e o restante que se lasque.
O cientista polonês Nicolau Copérnico foi o autor da teoria que a terra gira em torno do sol. Eu acredito que muitos acreditam que essa teoria não é verdadeira e que, na verdade, gira em torno deles, pois não é possível a falta de coletividade, de senso de comunidade e civilidade que se tem.
Agradeço ao Rafael me permitir sair do tema dessa coluna para que eu pudesse fazer esse desabafo!
Adriana Palladino.
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