Adriana Palladino | A causa animal não tem um minuto de paz!
- Da Redação
- há 3 dias
- 2 min de leitura
Como eu disse na coluna passada: “A causa animal não tem um minuto de paz!”
Semana passada, pasmem, um psicólogo foi preso sob a acusação de praticar diversos crimes de maus-tratos contra, ao que se sabe, pelo menos 16 gatos! E a criatura tinha uma preferência: gatos tigrados!
Apenas um dos gatinhos foi resgatado. Estava com uma das patas quebradas e teve que passar por cirurgia. Sou gateira desde criança e protetora há quase 20 anos e, por experiência, eu sei que, depois dos gatos pretos, os tigrados são os mais difíceis de serem adotados. Ver uma covardia dessas com esses animais me embrulha o estômago e me faz pensar o quanto o ser humano é insano e cruel.
O ditado muito usado: “Quem vê cara não vê coração” – aplica-se perfeitamente a esse caso, pois a criatura é um psicólogo, postava foto com os gatos e ainda assim os torturava e matava, o que só comprova que, por mais que nós protetores façamos entrevistas, fichas de adoção, fotos e tudo mais, infelizmente às vezes não damos sorte.
Ainda há quem diga que somos muito exigentes, sério isso? Estamos lidando com vidas! Animais tem sentimentos, sentem dor, tristeza, medo! Se temos um animal para doar é nossa responsabilidade buscar um lar seguro e digno para eles.
Sendo bem sincera, se fosse por minha vontade eu não doaria nenhum gato que tivesse a possibilidade de ter acesso às ruas, pois os meus não têm. Minha casa é toda telada e as duas vezes que parte da galera teve acesso ao quintal foi por causa do meu amado cão Pernudo, que, mesmo cego, conseguiu comer a rede de proteção.
Eu sou tão neurótica com isso que coloquei três níveis de proteção na varanda do térreo: a rede de proteção, uma tela galvanizada e uma grade, tudo isso para impedir o Pernudo de fazer uma nova arte e soltar os gatos. Mas entendo que essa cultura de ter gatos apenas dentro de casa é algo a ser construído com muita conscientização e persistência.
Porém, diante de tudo isso, o que podemos fazer é insistir, persistir, sermos mais atentos e exigentes para que os animais adotados, depois de todo o sofrimento que viveram, não tenham a menor possibilidade de passar por mais sofrimentos. A meta é ser feliz, custe o que custar!
Quanto a esse tipo de gente que faz essas atrocidades, digo: a vida é como um cartão de crédito e um dia certamente a conta chega!
Adriana Palladino.
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